Sempre há tempo
É fácil esquecer que o único momento que temos para mudar alguma coisa é o agora.
Tem um provérbio zen que diz que o melhor momento para plantar uma árvore foi há 20 anos, o segundo melhor momento, é agora.
É fácil esquecer que o único momento que temos para mudar alguma coisa é o agora.
Podemos ficar na lamentação por ter deixado uma oportunidade pra trás, mas o ontem já passou, é o que é. Foi o que foi.
Podemos também achar que um dia o momento ideal vai chegar. Só que o amanhã a gente não sabe se vai chegar. E quando chegar, vai ser o agora ;)
Caímos na cilada de acreditar que já é tarde, de que não dá mais tempo ou, de que temos muito tempo. Como se houvesse uma linha de chegada imaginária, um lugar onde estaremos com toda a vida alinhada de forma perfeita. E nada mais necessite ser feito.
O mais perto que podemos chegar desse lugar é quando estamos caminhando em direção a ele.
Veja bem: se você ganhou a consciência de que precisa mudar algo, é porque tem condições para tal. Você já está a um passo a frente. Ninguém muda o que não está ciente.
Portanto, agradeça por ter tido a consciência e entenda que, cada passo, é válido.
Porém, precisamos saber que lugar é esse. Qual é o ideal que quero alcançar?
Qual é essa pessoa que quero me tornar?
Podemos tropeçar quando olhamos muito pro lado, e nos perdemos de vista.
Vemos o ideal da maioria e seguimos por ele, afinal, se todos estão indo pra lá, o caminho deve ser esse.
O problema é que não existem atalhos. Se quisermos viver uma vida feliz precisamos olhar para o que importa pra gente.
Porque uma vida feliz não significa uma vida sem problemas. Significa uma vida significativa, que contenha sentido. E cada um tem o seu.
Ser feliz tem mais a ver com viver a partir dos seus valores, do que querer forçar a mente a só ter pensamentos positivos (o que não é viável).
É fundamental entender isso pois, feliz ou infeliz, vamos nos sentir tristes, com raiva, decepcionados, frustados: tudo isso faz parte da vida. Se você é humano, vai experimentar esses sentimentos hora ou outra. Com mais ou menos intensidade.
Não adianta fugir. Anestesiar. Uma hora será preciso olhar para todos esses sentimentos, que são como mensageiros do que precisamos ver.
A diferença está em não transformar o que lhe acontece em uma questão pessoal. Como se o mundo estivesse contra você.
Nada é pessoal. Sinta o que tiver que sentir, não ignore, aprenda as lições que lhe cabem e siga a vida, a partir de um lugar de mais consciência. Em si mesmo.
Viva com a tranquilidade de que está fazendo o seu melhor.
Dê a cada dia, um passo adiante, para a vida - e a pessoa - que quer ser.
Não se distraia, o mundo está cheio de distrações para quem não quer olhar para o que precisa ser olhado.
Um hora tudo o que colocamos para debaixo do tapete aparece, como um mostro enorme, reivindicando atenção.
Tudo tem um razão de ser. E essa vontade que mora aí no seu peito, também.
Se ela está aí, é porque precisa ser ouvida.
Você é responsável por ela.
Qual o primeiro passo para que ela seja colocado no mundo?
Às vezes, quando escrevo textos assim, tenho receio de que possam parecem muito subjetivos. Para que soem mais práticos vou listar atitudes, práticas e hábitos que podem servir como guias da pessoa que você veio construir:
Cuido do meu corpo físico: alimentação, exercícios físicos, sono?
Meus ambientes são agradáveis de se estar?
Procuro ser mais atenta e menos distraída?
Percebo em que situações tendo a me distrair do presente?
Como posso ser uma presença mais interessante (pra mim mesma e para os outros)?
Como estou contribuindo para o mundo? Sou uma pessoa agradável, ajudo de alguma forma?
Tenho práticas sustentáveis para o planeta?
Estou atento às coisas simples da vida?
Quanto tempo passo ruminando alguns sentimentos?
Sou muito dura comigo mesma e com os outros?
Gosto da minha própria companhia? De que forma posso ser mais gentil comigo mesma?
Honro aquilo (situações e coisas) que chegam até mim?
Valorizo as minhas pequenas conquistas?
Espero que esse texto tenha elevado a tua consciência.
Façamos um ótimo domingo!
Com carinho,
Nati